sábado, 17 de janeiro de 2015

17.1.2015 - 23º dia - Sorocaba-SP - 0 km de moto

Hoje o dia foi de descanso de moto. Logo depois do café da manhã levamos a moto para lavar e já começamos a aproveitar o dia. Manga e sua família prepararam um churrasco e começamos cedo a brincadeira.
Ontem, quando chegamos, Manga ligou para o Profeta e disse que eu estava aqui, me passando em seguida o telefone. O Profeta me disse que tinha um compromisso para hoje, mas que iria desmarcar para vir nos visitar.
No final da manhã ele chegou e passou o dia conosco.
Profeta é um grande motociclista, respeitado em todo o Brasil pelas suas viagens e amizades no meio motociclístico. Motivo de várias reportagens em revistas escritas e on line. Já rodou mais de 600 mil quilômetros em sua ML 1985, que carinhosamente chama de Nicole.
Nos conhecemos há dois anos em Paulo Afonso, onde conversamos durante boa parte da noite, quando ele voltava de sua viagem ao redor da America Latina. Saiu de São Roque em São Paulo, foi até Ushuaia, subiu a Ruta 40, foi ao Atacama, Estrada da Morte, na Bolívia, Macchu Picchu, no Peru, Equador, Colômbia, Venezuela e voltou ao Brasil entrando por Manaus e em seguida nordeste onde passou em Paulo Afonso.
Foi um grande prazer reencontrá-lo, principalmente pela consideração de abandonar um compromisso para rever um amigo. É esse o mundo do motocilcismo. São essas amizades que fazemos pelo caminho que nos fazem prosseguir com vontade de viajar mais e mais.
Mas nem tudo são flores. No final da tarde quando vieram me entregar a moto, Profeta disse que tinha ficado triste comigo, pois não se lava a moto durante a viagem. Em suas palavra, as sujeiras acumuladas no caminho formam um invólucro que só deve ser retirado quando a viagem termina. Sua crença, que respeito, afinal, com tantos quilômetros no currículo ele sabe muito. Nos despedimos do Profeta no começo da noite e em seguida fomos, juntamente com Manga e Maria, encontrar o amigo Leandro e sua esposa  em uma pizzaria e fechamos a noite com mais esse encontro agradável.



Com Profeta.


Manga. Homem das estradas.


Profeta e sua Nicole.



Com Profeta e Manga.

sexta-feira, 16 de janeiro de 2015

16.1.2015 - 22º dia - General Carneiro-PR a Sorocaba-SP - 656 km

Se o dia ontem foi de muita estrada e cansaço, hoje foi de tranquilidade.
Saímos de General Carneiro e rapidinho chegamos a Curitiba com um tempo nublado, excelente para viajar de moto
Paramos na Estrada da Graciosa e seguimos caminho em direção a Sorocaba, em São Paulo. Cem quilômetros antes de chegar a cidade, ele estava lá. Nosso amigo Manga nos esperava e começou a festa. Sim, porque é uma festa quando a gente se encontra. Seguimos juntos até sua casa onde sua família nos esperava preocupada porque atrasamos um pouco devido o travamento por obras em alguns pontos da rodovia Régis Bittencourt.
O papo rolou até tarde acompanhado de uma cerveja bem gelada para amenizar o calor que está fazendo por aqui. Estamos em casa e aqui ficamos um tempinho.




Estradas do Paraná.



Estrada da Graciosa.


Encontrando nosso amigo Manga.


Na estrada com Manga.


Com Manga, Maria e Dona Cida.




quinta-feira, 15 de janeiro de 2015

15.1.2015 - 21º dia - Uruguaiana-RS a General Carneiro-PR - 858 km

Começamos o dia esperando muita estrada e foi o que aconteceu. Só não esperava o trânsito intenso. O maior até agora da viagem e uma estrada sem buracos, mas completa de ondulações. Nem o super banco da Adventure dessa vez conseguiu poupar minhas partes sentantes. Cheguei no final do dia um pouco cansado. Também pudera. Foram 858 quilômetros rodados nessas condições e no final com chuva. Mas tudo terminou bem.
Quando saímos de Uruguaiana, logo depois passamos por São Borja, terra dos ex presidentes Getúlio Vargas e João Goulart. Pouco depois paramos em um posto de gasolina e uma grata surpresa, encontramos o adesivo da viagem dos amigos Madureira e Neto, que com mais três amigos estão descendo para Ushuaia. A moça do posto disse que fizeram a maior festa no posto e que iriam deixar o adesivo para quando os amigos passassem. Por obra do destino fomos os primeiros a encontrá-lo.
Rodamos mais 100 quilômetros e entramos para São Miguel das Missões, para visitar as ruínas da Igreja Jesuíta. Estava fechada e só abriria às 14 horas, como o principal é sua imponente e bela faixada, já que dentro não existe mais quase nada, olhamos, fotografamos e seguimos viagem.Pouco depois chegamos ao Museu Militar do Exército. Um museu que já sabia que existia, porém hoje fiquei sabendo que pertence a um civil que nunca foi militar. Desde criança é apaixonado pelo Exército Brasileiro e resolveu montar o museu.



Deixando e encontrando rastro.


São Miguel das Missões-RS


Ruínas da Igreja Jesuíta.


Ruínas da Igreja Jesuíta.


Ruínas da Igreja Jesuíta.


Museu Militar.


Museu Militar.


Museu Militar.


Museu Militar.










quarta-feira, 14 de janeiro de 2015

14.1.2015 - 20º dia - La Varillas-AR a Uruguaiana-RS - 688 km

Saímos do hotel e nem bem pegamos a estrada começamos a ver o estrago deixado pelas chuvas dos últimos dias nesta região da Argentina. Aliás, ontem a tarde já começamos a ver campos alagados, estradas e ruas completamente tomadas pelas águas. Casas com muita água acumulada. Uma tristeza.
Saímos em direção ao Brasil e tivemos uma preocupação o dia inteiro. Estaríamos rodando na Província de Entre Rios, onde se tem a polícia mais "complicada" da Argentina. Mesmo você estando certo, eles arrumam um jeito de dizer que você está errado.
Um comentário a parte, no Brasil, apenas em um local, em São Paulo, vimos um carro da polícia rodoviária na estrada. Na Argentina e no Chile é constante. No Chile vimos muitos carabineiros na estrada em seus possantes Doodgers. Chegaram a apontar o radar manual para nós, mas estávamos rigorosamente dentro do limite e não tivemos problemas.
Na Argentina, principalmente nos limites das províncias eles estão monitorando. Sempre pediam para os carros pararem e mandavam que nós passássemos. Mas, havia Entre Rios.
Saímos de Las Varillas e encontramos vários policiais na estrada, as vezes em locais estratégicos, em curvas longas com faixa contínua.
Nos disseram que eles até toleram um pouco de velocidade, mas nunca ultrapassar em faixa contínua. Sabia disso desde a viagem a Ushuaia. Interessante é que os argentinos aceleram bastante nas retas, mas raramente forçam uma ultrapassagem em faixa contínua.
Após passar pelo túnel de Paraná, la estavam eles. Me pediram para parar e eu pensei: É agora. Me cumprimentaram, pediram a carteira de habilitação e a carta verde pela primeira vez na viagem.
Segui caminho e cem quilômetros depois parei para tomar água, quando perguntei ao rapaz da lanchonete: A polícia aqui é tranquila? Ele respondeu: É meio complicada. O sr. vai encontrá-los daqui a 15 quilômetros. 
Lá estavam eles. Pararam os carros e nos mandaram passar. Oitenta quilômetros depois, outros. Mandaram passar. Acelerei e 5 quilômetros depois mandaram eu parar. Eu pensei: agora não escapo.
O policial veio rindo, me cumprimentou, me perguntou: Estão de férias? (o código para saber se tem dinheiro). Respondi que sim, estamos de férias. E aí veio o melhor do dia. O policial continuando rindo disse: O amigo não se importaria de deixar uma colaboração para os patrulheiros? Respondi que estava saindo do país e o restante do dinheiro havia gasto com gasolina no último posto. O que era a pura verdade. Então, ele rindo disse: Não tem problema. Boa viagem.
Chegamos ao Brasil em paz. Estamos em Uruguaiana e amanhã seguimos viagem.


Paraná - Argentina


Paraná - Argentina


Entrada do túnel em Paraná - Argentina


Túnel em Paraná - Argentina.


Túnel em Paraná - Argentina.


Túnel em Paraná - Argentina.


Saída do túnel em Paraná - Argentina.


Saída do túnel em Paraná - Argentina.


Chegada em Uruguaiana - RS


Chegada em Uruguaiana - RS

terça-feira, 13 de janeiro de 2015

13.1.2015 - 19º dia - San Luis-AR a La Varillas-AR - 632 km

Saímos do hotel e na primeira cidade encontramos com o pessoal do triciclo perdido. Havia caído uma porca do amortecedor e eles pararam no primeiro pedágio, numa posição que não deu pra ver. O bom é que se comunicaram a noite e aguardavam os outros que dormiram em San Luis.
Seguimos e o primeiro problema da viagem apareceu: Estávamos com poucos pesos e perguntamos em um posto se aceitavam cartão. Disseram que não e indicaram o seguinte. Paramos e perguntamos se aceitavam cartão internacional e a resposta foi afirmativa. Depois de colocar a gasolina tentamos três cartões e nenhum funcionou. Voltamos uns três quilômetros e o primeiro banco não tinha dinheiro, o segundo também não e eram os únicos bancos da pequena cidade de Almafuerte. Nos indicaram uma cidade que ficava 14 quilômetros depois e lá conseguimos. Não nos preocupamos porque tínhamos um plano B e C. Tudo resolvido, quase duas hora de atraso e sabíamos que nada é por acaso, seguimos para o nosso destino do dia: conhecer a casa onde viveu Che Guevara, em Alta Gracia.
Este era um destino o há muito tempo planejado e esperado. E no final da tarde estávamos lá. Na casa onde viveu um dos nomes mais conhecidos do mundo e para nós motociclistas, o piloto da "poderosa". Foi uma emoção muito grande.
Seguimos  caminho e paramos em La Varillas, pequena cidade de 17 mil habitantes que descobrimos que trabalham fabricando peças para motores de tratores em conjunto com o Brasil.



Casa de Che Guevara. Alta Gracia - Argentina.


Casa de Che Guevara. Alta Gracia - Argentina.


Estátua de Che Guevara menino. Alta Gracia - Argentina.


Casa de Che Guevara. Alta Gracia - Argentina.


Casa de Che Guevara. Alta Gracia - Argentina.


Casa de Che Guevara. Alta Gracia - Argentina.


Casa de Che Guevara. Alta Gracia - Argentina.


Réplica de "La poderosa".


Réplica de "La poderosa".


A família de Che Guevara.


Casa de Che Guevara. Alta Gracia - Argentina.


Casa de Che Guevara. Alta Gracia - Argentina.


Casa de Che Guevara. Alta Gracia - Argentina.


Casa de Che Guevara. Alta Gracia - Argentina.


Casa de Che Guevara. Alta Gracia - Argentina.


Casa de Che Guevara. Alta Gracia - Argentina.


segunda-feira, 12 de janeiro de 2015

12.1.2015 - 18º dia - Santiago-CH a San Luis-AR - 606 km

Saímos tarde de Santiago. Deixamos o hotel e ante de sair da cidade resolvemos subir o morro onde está a Santa que abençoa a cidade. Fizemos algumas fotos e saímos depois das 10 da manhã.
Passamos alguns sustos na Argentina e principalmente no Chile com os  cães. Existem muitos soltos nas ruas, a maioria de raça e bem tratados no que se refere a alimentação. Ficamos sabendo que os moradores compram cães de raça e quando estes ficam grandes são soltos nas ruas onde são acolhidos por donos de bares e restaurantes, que os alimentam. Quando passamos de moto alguns querem brincar e acabam nos assustando.; Sabemos de relatos de algumas viagens encerradas com essas brincadeiras.
Antes de chegar a Argentina subimos os caracoles chilenos que filmei em toda a sua extensão. Uma beleza de se ver e curtir.
Demoramos um pouco na aduana para entrar na Argentina, mas a fila para entrar no Chile estava quilométrica.
Nossa programação de hoje era conhecer uma vinícola em Mendoza, mas, como conhecemos duas no Chile, passamos dieto e chegamos a San Luis onde pernoitaremos.
Quando saímos de Mendoza encontramos um motociclista brasileiro em uma XT 660 que pediu para pararmos. Nos perguntou se havíamos encontrado um triciclo preto na estrada. Falamos que não e ele seguiu com a gente alguns quilômetros até chegar em um posto policial onde um outro amigo o esperava. Rodamos bastante e encontramos mais duas motos paradas na estrada e pediram para pararmos. Um casal em uma F800 e um outro em uma XT 660 perguntando se nós tínhamos visto os dois amigos e o triciclo. Estavam todos perdidos uns dos outros. Um momento com certeza desgastante do passeio deles. Dava prá ver a desolação em seus rostos. Falamos que envontramos os outros dois, que procuravam o triciclo, conversamos um pouco e seguimos viagem.
Amanhã tem mais.


Santiago - Chile


Santiago - Chile


Santiago - Chile


Santiago - Chile


Aconcágua - Argentina


Aconcágua - Argentina


Cordilheira dos Andes - Argentina


Cordilheira dos Andes - Argentina